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Aos líderes dos 27 Estados-Membros da União Europeia; a Charles Michel (Presidente do Conselho Europeu); a Ursula von der Leyen (Presidente da Comissão Europeia) e a Josep Borrell (Alto Representante da União Europeia para os para as Relações Exteriores e a Política de Segurança).
Petição
O povo bielorrusso tem o direito de decidir sobre o seu futuro e de eleger livremente o seu líder. Na sequência das controversas eleições de 9 de agosto de 2020 e da violenta repressão de manifestantes pacíficos, por parte do presidente Aleksandr Lukashenko, em várias cidades da Bielorrússia, exigimos que a União Europeia e os seus Estados-Membros:
- Recusem reconhecer oficialmente Aleksandr Lukashenko como presidente da Bielorrússia.
- Promovam a realização de novas eleições livres e justas na Bielorrússia, com a maior brevidade possível.
- Prestem todo o apoio necessário ao povo bielorrusso, incluindo o reconhecimento de Svetlana Tikhanovskaya, líder da oposição, como contraparte necessária em quaisquer conversações diplomáticas ou internacionais sobre o futuro da Bielorrússia e do seu povo.
Por que motivo é importante
Alexandr Lukashenko, "o último ditador da Europa", governa a Bielorrússia com mão de ferro há 26 anos, suprimindo a democracia e esmagando qualquer dissidência. Mas é possível que o seu poder tenha, finalmente, chegado ao fim.
A 9 de agosto, Lukashenko proclamou mais uma vitória eleitoral esmagadora, apesar dos sinais claros de que a eleição terá sido manipulada. Desta vez, as coisas foram longe de mais para o povo bielorrusso!
Milhares de pessoas marcharam pelas ruas de Minsk e de outras cidades pondo em causa o resultado. Estes corajosos defensores da democracia foram barrados pela polícia de choque, e dezenas de manifestantes foram espancados e ficaram feridos nas últimas duas semanas. Mais de 6.000 pessoas foram detidas [1].
O que aconteceu este verão na Bielorrússia não merece o nome de eleições: os principais opositores estão detidos ou forem impedidos de apresentar a sua candidatura [2]. Sviatlana Tsikhanouskaya, adversária de Lukashenko nas eleições, foi forçada a abandonar o país e atualmente encontra-se no exílio na UE, na Lituânia [3]. A promessa de eleições livres foi o mote da campanha de Tsikhanouskaya [4].
O que importa agora é a resposta da UE. A UE já deu sinais de que irá ditar sanções contra o presidente Lukashenko e contra a elite instalada no poder, mas isso não é suficiente [5]. A UE pode fazer frente a Lukashenko, recusando-se a reconhecê-lo como presidente, e promover a realização de eleições livres e justas com a maior brevidade possível.
A EU tem de prestar todo o apoio necessário para garantir a realização de novas eleições, incluindo o reconhecimento de Svetlana Tikhanovskaya, líder da oposição, como contraparte necessária em quaisquer conversações diplomáticas ou internacionais sobre o futuro da Bielorrússia e do seu povo.
Em conjunto, vamos dizer aos líderes da UE para se colocarem ao lado do povo bielorrusso e exigirem a realização de eleições livres e justas na Bielorrússia.
Referências:
- https://www.publico.pt/2020/08/16/fotogaleria/protestos-resultado-eleitoral-marcam-domingo-bielorrusia-402229
https://observador.pt/2020/08/17/bielorrussia-eleicoes-berlim-ameaca-alargar-sancoes-apos-violencia-contra-protestos/
- Em inglês: https://www.euractiv.com/section/europe-s-east/opinion/what-is-happening-in-belarus-cannot-be-called-elections/
- https://expresso.pt/internacional/2020-08-19-Eleicoes-na-Bielorrussia.-Lider-da-oposicao-pede-a-UE-que-rejeite-resultados
- Em inglês: https://www.euronews.com/2020/08/04/belarus-presidential-election-rising-opposition-star-svetlana-tikhanovskaya-speaks-to-euro
- https://www.jn.pt/mundo/uniao-europeia-avanca-com-sancoes-a-bielorrussia-12524906.html
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